tiras “wood & stock”

22/09/2010






Clique nas tiras para ler melhor ;)


Mais uma entrevista com Otto Guerra

20/09/2010

Omelete entrevista: Otto Guerra, diretor de Wood & Stock*

O gaúcho Otto Guerra esteve em São Paulo na época do Animamundi. Veio mostrar seu trabalho mais recente Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock ´n Roll. No meio de sua agenda cheia de compromissos, ele parou um tempinho para trocar uma idéia com o Omelete. O lugar marcado foi o Bar Brahma, na esquina da Ipiranga com a São João, um dos cruzamentos mais conhecidos do Brasil. E o que era para ser um bate-papo rápido sobre o filme acabou virando uma longa e prazerosa conversa de quase uma hora. Do tema principal vieram à tona discussões sobre os processos de produção e distribuição dos filmes no país. Tudo colocado de maneira simples e bem humorada, claro! Até do caso que ele teve com o Angeli ele falou… ;-)

De onde veio a idéia do longa?

A idéia vem de uns dez anos atrás, quando fiz um filme chamado Rocky & Hudson – Os caubóis gays, que também é baseado em quadrinhos. Naquela época o Adão [Iturrusgarai], autor do Rock & Hudson, veio morar em São Paulo e acabou ficando muito amigo do Angeli, quando trabalhou com ele, Laerte e Glauco, fazendo Los três amigos. E como fã do Angeli eu achava muito legal pegar o universo do cara e tentar transpor para um filme.

A idéia já tem estes dez anos, mas começamos a roteirizar e efetivar o projeto de fato em 2000, quando a gente ganhou um prêmio chamado B.O. (Baixo Orçamento), do Ministério da Cultura, para produção de cinema e conseguimos 50% do orçamento.

Por ser uma história baseada em tiras de quadrinhos, tivemos um problema incrível para escrever o roteiro. Foram pelo menos dois anos de roteirização. A gente queria que não traísse o universo do cara, que conseguisse reproduzir sua obra. Considero o Angeli um gênio e por isso foi muito difícil. O próprio Angeli dizia que a gente ia fazer uma coisa meio Turma da Mônica, por ser animação. Ele viu o filme no Festival de Recife e gostou. Eu estava na sessão e fiquei reparando o rosto dele e tal. A gente conseguiu trazer para a tela uma adaptação quase fiel ao trabalho do cara.
Continue lendo »


Otto Guerra fala ao Canal Brasil sobre Wood & Stock

18/09/2010

parte 1:

parte 2:

(E, por falar em Wood & Stock, indicamos o site do filme para quem quiser obter mais informações)


Angeli

16/09/2010

Criador das tiras de Wood & Stock e Rê Bordosa, personagens da animação de setembro do Terça tem cinema, Angeli também é um cartunista conhecido nacionalmente por suas charges políticas.

Para saber um pouco mais sobre Angeli:

  • confira seu trabalho em seu site.
  • leia perfil publicado na Bravo em 2008.
  • leia outro/a perfil/entrevista publicado/a na Trip no mês passado.
  • leia entrevista publicada no caderno Ilustrada da Folha de São Paulo em 2006 (onde ele fala sobre a animação Wood & Stock).
  • assista abaixo a ele falando um pouco sobre suas influências (do Pasquim ao underground norte-americano), em trecho de entrevista concedida ao programa Jogo de Ideias, do Itaú Cultural.

Otto Guerra: trinta anos e enfim a Sbórnia

14/09/2010

Por Arthur Dantas
(Esta entrevista foi publicada na +Soma 16/Mar-Abr 2010)

Otto Guerra, por Maurício Capellari

Esqueça os estereótipos e os desenhos animados para crianças. A Otto Desenhos Animados, criada pelo lendário notívago e biriteiro gaúcho Otto Guerra, 53 anos, está por aí faz mais de trinta anos jogando areia nos olhos dos incautos e fazendo dinheiro quando possível. O que começou nas telas ingenuamente, com o O Natal do Burrinho – sucesso no Festival de Cinema de Gramado de 1984 – acabou em longas mais cascas-grossas como “Rocky & Hudson” (baseado nos personagens de Adão Iturrusgarai), de 1994, e “Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’Roll” (personagens de Angeli), de 2006. Após a versão tropical de “Cheech & Chong”, o negócio ficou sério: são 42 pessoas trabalhando no estúdio, onde estão no meio de um longa baseado na peça “Tangos & Tragédias”, “Fuga em Ré Menor” de Kraunus e Pletskaya e se preparam para a operação mais audaciosa: um filme baseado na fase recente de tiras mais nonsense e existencialistas de Laerte.

“[Tangos e Tragédias] tá na metade, falta um ano e meio mais ou menos de produção. Eu preferi dar um foda-se para os prazos e fazer uma puta animação. Vai ficar em um nível altíssimo!”

No site da Otto Desenhos, há uma síntese da gênese nada sagrada do lance todo, descrita com o humor característico de seu criador: “Em agosto de 1978 a Otto Desenhos Animados Ltda. surgiu a partir de uma iniciativa do jovem, musculoso e talentoso Otto Guerra, do alto dos seus 22 anos de idade. Naquela época a TV broadcast (sic) exigia as mesmas 720 por 486 linhas de definição de hoje e o mínimo para alcançar esse patamar era a película 16mm. Uma câmera Paillard Bolex usada custava algo como 8 mil dólares! (…) Sendo assim, após locar durante um ano esse equipamento (…) a empresa comprou em São Paulo (…) a tão almejada Bolex. A primeira Bolex a gente nunca esquece!”

A entrevista foi realizada a palo seco – contrariando os conselhos de amigos em comum, que achavam mais interessante entrevistá-lo no bar, regado a muito álcool – em sua produtora de aparência nada chamativa, onde o notório boêmio nos falou das incomuns pedradas criadas lá dentro. Porque, como disse Allan Sieber em mensagem também alcoolizada, “animação no BRAZIL é cuzeta mesmo, mas pelo menos o Otto faz alguma coisa menos monga”.

Continue lendo »