Alunos das duas turmas do curso de Técnico em Produção de Áudio e Vídeo do Colégio Estadual do Paraná acompanharam a estreia da edição 2012 do “Terça Tem Cinema”. Na tela, para ser assistido e depois discutido, “A Rosa Púrpura do Cairo”. Confira as principais impressões dos estudantes que participaram da atividade:
QUEBRA DE PARADIGMA
“’A Rosa Púrpura do Cairo’ é um filme metalinguístico, que faz uma abordagem interessante sobre uma mulher que é infeliz com seu marido e procura refúgio no cinema. Na trama, um personagem de um filme percebe que a mulher está pela quinta vez assistindo àquele mesmo filme; ele ‘sai’ da tela e se declara. Os dois fogem. O assunto ganha repercussão e o ator que interpreta o personagem vai à cidade para convencer seu personagem a ‘voltar’ para a tela, para o filme. O ator percebe que não consegue convencer seu personagem e então tenta iludir a mulher. Seu plano é bem sucedido e faz com que ela escolha entre o fictício e o ‘real’. Ela escolhe o ‘real’; o fictício volta para a tela e quando a mulher acredita que terá um final feliz com seu amado descobre na manhã seguinte que ele fingiu e ela terá que voltar para sua vida infeliz. A história é ótima, pois é realista e quebra o paradigma de que filmes devem possuir final feliz.”
Por Ana Carolina Rodrigues
O INESPERADO
“O ponto alto do Terça Tem Cinema está em abrir espaço para que profissionais interajam com o público para expressar suas opiniões sobre o filme exibido. Na primeira sessão foi exibido ‘A Rosa Púrpura do Cairo’, de Woody Allen, filme que fala sobre o sentimento do espectador em relação ao cinema, mostrando uma jovem em uma época de muitas dificuldades do pós-guerra e sem muitas expectativas para futuro. Essa jovem consegue escapar de seus problemas ao frequentar uma sala de cinema. Um belo filme, que nos prende à história até que ela termine – e de uma forma inesperada.”
Por Frances Melo
ENTRE O REAL E O CINEMATOGRÁFICO
“Mulher desempregada e maltratada pelo marido assiste a um filme no cinema e os personagens criam vida – um deles sai da tela do cinema e então se inicia um romance entre a mulher e o personagem. Porém, o ator que criou personagem vai até a cidade para fazer com que esse personagem volte para o mundo cinematográfico. Ocorre que a moça também se apaixona pelo ator e ela fica dividida entre o mundo real e o cinematográfico. Ela escolhe o mundo real, mas percebe que esse mundo real também é uma ficção.”
Por Karina Menezes Pinto Coelho
UM TANTO DE IRONIA
“De uma maneira bem divertida, Woody Allen apresenta em “A Rosa Púrpura do Cairo” o fascínio de uma garçonete pelo cinema e sua fantástica aventura com seu personagem favorito. Com uma pitada de inocência, um bocado de bom humor e um tanto de ironia, retrata uma sociedade sedenta por fantasia como alternativa para sua dura realidade.”
Por Kellyn Bethania
Texto enviado pelo professor Wagner de Alcântara Aragão